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CUPINS

São insetos conhecidos por nós pelo hábito de se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando papéis, livros, estruturas de madeira, ou qualquer outro material derivado deste composto.

 

Cerca de 2.200 espécies de cupins já foram descritas, sendo que no continente americano são encontradas aproximadamente 540 espécies, nos Estados Unidos cerca de 40 espécies foram relatadas. O Brasil apresenta um número maior de espécies, cerca de 200, sendo a maioria benéfica (cupins que não causam prejuízos ao homem).

 

A espécie benéfica desempenha um papel fundamental na natureza, na decomposição de matéria orgânica, contribuindo para a incorporação de nutrientes e fertilidade do solo.

 

No Brasil, as duas principais espécies de cupins invasores de estruturas são o Cryptotermes brevis, conhecido como cupim de madeira seca, e o Coptotermes havilandi, conhecido como cupim subterrâneo ou cupim de solo.

 

Vida Social dos Cupins:

 

Os cupins são insetos sociais que se organizam numa sociedade de castas, onde cada integrante (Operários, Soldados e Reprodutores alados), possui uma função específica:

 

A Rainha e o Rei são os elementos-chave de qualquer colônia. Suas únicas funções são acasalar e ovopositar, e vivem em média 30 anos.

 

Os operários são responsáveis por todas as funções rotineiras da colônia, tais como obtenção de alimento, construção e conservação do ninho.

São estéreis e cegos. Trabalham 24 horas por dia, perfurando o interior das madeiras.

 

Os  soldados, estão geneticamente programados para defender a colônia dos inimigos, especialmente as formigas. Como estruturas de defesa, a mandíbula que pode esmagar, e a cabeça dura e volumosa que pode obstruir passagens estreitas do ninho de inimigos naturais.

 

Os  reprodutores alados é formada pelos indivíduos (machos e fêmeas), responsáveis pela reprodução. São os famosos siriris ou aleluias, que saem do ninho, principalmente em épocas quentes, com o objetivo único de encontrar um local onde possam se reproduzir, formando outro ninho de cupins.

 

Após a revoada, quando pousam no solo, procuram um abrigo para formar novo ninho. Se o casal não tiver se encontrado durante o vôo de dispersão, a fêmea, já no solo, libera um feromônio sexual que irá atrair o macho. Após ambos se encontrarem, eles partem para procurar um local seguro para o acasalamento. Após a identificação do abrigo, macho e fêmea se acasalam e iniciam a nova colônia. A partir daí estes cupins são chamados de rei e rainha, e formam o casal real, da nova colônia.


O ninho pode ser formado ainda por outros indivíduos, os reprodutores secundários ou reprodutores de substituição, indivíduos com a função de substituir o casal real no caso de algum deles adoecer ou morrer.


Para manter todos os indivíduos desta sociedade, o ninho desempenha um papel importante, oferecendo condições microclimáticas (temperatura, umidade) adequadas e seguras a todos os indivíduos desta comunidade, protegendo-a contra inimigos naturais (predadores e parasitas).

 

Nem todos os siriris darão origem a uma colônia. A maior parte das formas aladas poderá morrer no processo de revoada, tanto por serem atacadas por inimigos naturais (formigas), consumidas por predadores (pássaros, morcegos, etc), por sofrerem com mudanças climáticas ou simplesmente por não encontrarem um local seguro para fazer o ninho.

 

Conheça as principais espécies:

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